Duas semana trabalhando já! O saldo? Não sei precisar ainda! O que turva meu coração para opinar se está sendo bom ou ruim é a saudade que sinto dela o dia todo dela!
Trabalho como propagandista na indústria farmacêutica e visito médicos levando informações sobre remédios.
Faço um setor próximo de onde a Julia fica então tem dias que consigo ir almoçar com ela, dar a papinha e um beijo, mas como voltei no meio do ano, as atividades extras do trabalho estão “pegando fogo” no que diz respeito a ritmo de execução e eu precisei entrar e correr!
Então nesses 15 dias almocei com meu gerente algumas vezes, com colegas para buscar me atualizar e por isso tiveram dias que só fui reencontrar a Julia as 18h! Foi duro!
Por mais que a cabeça esteja ocupada, com a correria que o trabalho exige, o coração a todo momento lembra e cobra a presença, o cheirinho, o carinho!
O bom é que médicos e secretárias querem ver foto dela o tempo todo e eu mato as saudades e fico toda orgulhosa quando escuto um: “nossa que grande”, “ela está linda”!
Agora vamos ao nosso bate papo “maternagem real” que é o que o MamãeUp sempre propôs:
1- É fácil voltar a trabalhar?
Não tem uma mãe que eu conheça que tenha me dito que seria fácil! É difícil sim! Mas como tudo na vida a gente leva um tempo e se adapta! Ainda estou me adaptando! Tenho a sorte de trabalhar com algo muito dinâmico então muitas vezes o dia passa voando!
2- E a amamentação?
No meu caso prejudicou! Mas tenho colegas que conseguiram manter sim!
Trabalho na rua e sem privacidade nem tempo para extrair o leite de três em três horas. Sem estímulo o corpo acostuma a produzir menos e meu leite materno está quase zerado! 😦 Na madrugada ainda consigo alimentar a Julia!
O pediatra dela me disse algo que acalmou a culpa que teima em aparecer: “Você já fez por ela, enquanto pode, mais do que muitas mães conseguem fazer, tranquilize seu coração!”
Eu pesquisei muito sobre como armazenar leite materno, me preparei com bombas manuais e elétricas, térmicas, potinhos de vidro e tudo mais porém a realidade se mostrou mas complicada do que imaginei, inviabilizando o processo!
A boa notícia é que a Julia já está almoçando, jantando, comendo frutas e se adaptou à fórmula infantil!
Ainda dou o peito quando chego para buscar meu pacotinho na minha mãe! É o nosso momento e como diz a vovó: “ainda tem um aperitivo aí” ❤️
3- Ficar com o bebê em casa e deixar de trabalhar seria melhor?
Essa pergunta eu não sei responder! Nunca tive a experiência de ficar em casa! Nem solteira, sempre emendei um trabalho no outro! O que posso dizer é que conheço mães que puderam fazer essa opção e são felizes! Há também as que se arrependem!
Acho que o caminho de cada uma é algo que vai acontecendo mediante a história e a condição financeira e psicológica da família!
4- E o cansaço aumenta ou diminui?
O cansaço é o grande X da questão na minha opinião! Porque trabalhar cansa! Não adianta, seja num escritório, em casa, na rua… Aquela atividade demanda energia, concentração, existe pressão e quando acaba o dia, ainda tem os cuidados com o bebê e com você! Jornada dupla, tripla! Não é moleza não!
É isso aí pessoal! Quando a gente chega em casa é só festa! Papai também teve que se adaptar pois trabalha em Home Office e estava acostumado com a gente bagunçando a vida dele o dia todo!
Devia esse post de retorno pros leitores que me escreveram incentivando, dando força e torcendo… Ainda não está tudo cicatrizado por aqui, confesso, mas o tempo cura tudo!
Um beijo,
Mamãe Up